Fátima Miragaia
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
domingo, 27 de novembro de 2011
Contos relacionados com a época natalícia
Histórias enviadas pela docente Maria José Borges da EB1 de Paranhos
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Clube das Histórias
O desejo de Nathan
A minha vizinha, Miss Sandy, é reabilitadora de aves de rapina, ou seja, toma conta de aves feridas, como corujas e falcões, até elas serem capazes de voar de novo.
Todos os dias, vejo-a misturar medicamentos, distribuir comida e limpar as grandes gaiolas que tem no pátio. Por muito cansada ou ocupada que esteja, Miss Sandy tem sempre tempo para falar comigo acerca dos pássaros.
O meu maior desejo era poder andar sozinho para poder ajudá-la nas tarefas, em vez de estar apenas a observar. Mas, como tenho paralisia cerebral, os meus músculos não têm força suficiente para que eu ande sem cadeira de rodas ou andarilho.
Certo dia, Miss Sandy mostra-me uma coruja-das-torres, que tem uma asa partida. Embora a asa esteja dentro de uma tala, a coruja tenta escapar debatendo-se contra as paredes da caixa de madeira onde foi colocada.
— Vai ter de ficar aqui até a asa sarar — diz Miss Sandy. — Que nome achas que lhe devemos dar, Nathan? — pergunta-me.
Os olhos brilhantes e amarelos da coruja faíscam, zangados.
— Que tal Fogo? — proponho.
— Parece-me um bom nome — concorda Miss Sandy. — Espero que em breve a Fogo acalme.
Contudo, em cada dia que passa, a Fogo continua a lutar para ser livre e preocupo-me que se magoe de novo. Finalmente, Miss Sandy tira a tala da asa e coloca a coruja numa gaiola.
— A Fogo precisa de exercitar a asa — explica-me.
À medida que as semanas passam, a asa torna-se cada vez mais forte e a Fogo é colocada numa gaiola maior. Por vezes, ignora os ratos mortos que Miss Sandy lhe traz e prefere perscrutar o céu. Percebo que gostaria de caçar a sua própria comida.
— Quanto tempo falta para ela poder voar de novo? — pergunto, um dia.
— Uma asa partida demora muito a ficar curada — respondeu Miss Sandy. — Pareces tão impaciente quanto ela, Nathan!
E estou. Estou ansioso que a Fogo seja de novo livre. Quando estou na escola e vejo um pássaro a voar lá fora, penso na Fogo e deixo de ouvir o professor.
À noite, quando oiço um grito estridente vindo do pátio, pergunto-me se a Fogo estará a chamar os amigos.
Um dia, vejo a gaiola dela vazia. Miss Sandy colocou-a numa pequena caixa que segura nas mãos.
— Vou pô-la na gaiola de voo, para ver até onde consegue ir — explica-me.
Enquanto a sigo, oiço o coração a bater nos meus ouvidos. Se a Fogo voar bem, Miss Sandy irá libertá-la hoje! Sustenho a respiração enquanto ela vira a caixa gentilmente, de forma à coruja pousar no chão da gaiola. A Fogo dá um salto e voa, forte e bonita.
Contudo, de repente, inclina-se para o lado e começa a descer. Embora tenha os olhos bem fechados, consigo ouvir o baque suave da sua aterragem desajeitada. E quando abro os olhos, vejo Miss Sandy a abanar a cabeça. Dou-me conta, de repente, de que a Fogo nunca será libertada. Não tem a asa suficientemente forte para sobreviver na floresta.
— Pobre Fogo — lamenta Miss Sandy. — Queria tanto ser livre!
Viro-me para que ela não veja as lágrimas no meu rosto. Sei muito bem o que é ter um desejo que não se pode realizar.
Depois desse dia, a luz dos olhos da Fogo apaga-se. Recusa a comida e nem sequer tenta sair da gaiola.
— Por favor, não desistas! — sussurro-lhe.
Mas ela continua imóvel como uma estátua, em cima do poleiro.
Deve haver uma forma de ajudar esta coruja. Procuro, no computador, informação sobre aves feridas. Deparo com um corujão-orelhudo quase cego que toma conta de corujinhas órfãs até estas terem idade para serem libertadas. Talvez a Fogo consiga fazer o mesmo. Imprimo a informação e mostro-a a Miss Sandy, que diz:
— Vale a pena tentar. Tenho três crias que ficaram órfãs na tempestade da semana passada.
Miss Sandy põe as três crias na gaiola da Fogo. As corujinhas balançam as cabecinhas e emitem uns pios engraçados. Mas a Fogo não parece interessada em crias esfomeadas ou no que quer que seja.
Como não suporto vê-la tão infeliz, decido ficar em casa alguns dias, cheio de tristeza por ela e por mim. Uma noite, Miss Sandy toca à nossa porta e entra de rompante.
— Vem comigo, Nathan! — pede. — Tens de ver a Fogo!
Antes de me aperceber do que está a acontecer, já Miss Sandy conduz a minha cadeira aos tropeções até casa dela. Finalmente, estaciona-me junto da gaiola da Fogo.
— Olha! — sussurra.
Nem posso acreditar no que vejo. A Fogo pega num pedaço de carne que estava no chão e leva-o, aos saltos, até à gaiola-ninho, onde o depõe no bico de uma das crias. Embora o seu desejo de ser livre não possa realizar-se, a coruja encontrou algo de importante para fazer. E isso dá-me uma ideia!
No dia seguinte, vou até casa de Miss Sandy e olho para o pátio. Posso não poder andar sozinho, mas vou encontrar uma forma de a ajudar nas suas tarefas! Sei que os baldes são demasiado pesados; contudo, posso encher as tinas de banho das aves com a mangueira. Demoro bastante tempo a desdobrá-la e a arrastá-la até cada uma das gaiolas. Mas não desisto até as tinas estarem todas cheias.
Quando vejo a carrinha do correio a aproximar-se, vou até ao fim da alameda e recebo a correspondência para Miss Sandy. Enfio as cartas no bolso do meu casaco e levo-as até casa dela. Quando são horas de alimentar os pássaros, ofereço-me para ficar no escritório a atender os telefonemas. O telefone toca quatro vezes e anoto os recados.
Antes de ir-me embora, Miss Sandy abraça-me e diz:
— Ajudaste-me muito hoje, Nathan.
Fico corado e baixo a cabeça. Mas sorrio. Agora sei o quão orgulhosa a Fogo se sente!
Laurie Lears
Nathan’s wish: a story about cerebral palsy
Illinois, Albert Whitman & Co, 2005
(Tradução e adaptação)
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
domingo, 20 de novembro de 2011
Resultados do Bibliopaper
Mês Internacional das Bibliotecas Escolares
Resultados do Bibliopaper
25/10/2011
Equipa | Elementos da equipa | Classificação |
Os magníficos (5º C) | Mário Soares Leandro Paulo Mária Matos | 1º |
As letras (7º B) | Inês Vicente Carolina Carvalho Daniela Almeida Francisco Fonseca | 2º |
Os bestiais (5º C) | Alexandre Alvo Beatriz Tavares Sara Vieira | 3º |
As super amigas (6º C) | Ana Lia Mendes Bruna Santos Mariana Trindade | 4º |
A (7º A) | Adriano Ferreira Mauro Moreira | 5º |
Estrelinha | Catarina Alves Diana Julião Cláudia Alves | 6º |
Os 3 (7º B) | Ângelo Cunha Rafael Santos António Figueiredo | 7º |
(5º C) | Ana Rafaela Almeida Márcio André Campos Francisco Coelho | 8º |
Os campeões | Carlos Martins Flávia Henriques Lucas Sousa | 9º |
Nota: A entrega dos prémios realizar-se-á, no dia 22 de novembro, entre as 10:15h e as 10:35h, na Biblioteca Escolar.
A Equipa da Biblioteca
Isaura Almeida
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
terça-feira, 1 de novembro de 2011
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