domingo, 29 de abril de 2012

domingo, 22 de abril de 2012

LIvro do mês de abril. "Os miseráveis" de Victor Hugo

Obra prima de Victor Hugo, narra a triste história de Jean Valjean, que, por ver os irmãos passarem fome, assalta uma padaria para roubar um pedaço de pão e é condenado a 5 anos de prisão. Acaba sendo condenado outras vezes, devido às tentativas de fuga e mau comportamento na cadeia, tendo de cumprir 19 anos de reclusão. Quando é posto em liberdade condicional tem que se apresentar regularmente às autoridades, ou ficará preso pelo resto de sua vida, condição esta que nunca cumpriu. Valjean sente-se marginalizado por todos aqueles que encontra, pois carrega o "passaporte amarelo" que o identifica como um ex-presidiário. Então, o Bispo Bienvenu ajuda-o, mas, em vez de se mostrar grato, rouba a sua prataria. Logo é preso, pois as peças de prata tinham o brasão do bispo. Entretanto, o bispo recusa-se a denunciá-lo pelo furto dos candelabros de prata e diz que era um presente que tinha dado a Valjean. Para ele, o Bispo passa a ser um homem de Deus, que lhe dá uma lição de solidariedade e trata-o como filho, fazendo com que volte a crer na humanidade. Após nove anos, sob nova identidade, Valjean prospera como negociante de vidrilhos, tornando-se um homem muito rico e respeitado como prefeito da pequena cidade de Vigau. Desolado perante o drama de uma das suas operárias, Fantine, que foi demitida da sua fábrica, e tem de recorrer à prostituição para tentar defender e sustentar sua filha (Cosette), Valjean decide salvar a criança, adotando-a, mas não em tempo de impedir a morte da mãe, que estava muito doente.. Um dia, o inspetor Javert é transferido para a mesma cidade. Javert havia sido o homem que tratou Valjean com muita crueldade, durante o período que ficou preso. Quando Javert o reconhece, fica obcecado por desmascarar o prefeito, que não se apresentou para cumprir as condições da sua liberdade.
Contudo, um outro homem é acusado de ser Jean Valjean, mas o verdadeiro Jean Valjean, que estava no tribunal durante o julgamento, diz que o acusado é inocente, provando que ele é Jean Valjean. Isto fará com que Javert inicie uma caçada sem tréguas para prender Valjean, o que o faz passar toda a vida a fugir com Cosete por todos os cantos do mundo. Até que retornam a França e lá permanecem na casa de um velho amigo. Mas Cosette apaixona-se por Marius, um jovem oriundo de famílias aristocráticas que, entretanto, não era estranho aos meios revolucionários parisienses. Ao descobrir que o amor de Cosette não podia ser combatido, Valjean, apesar da presença de Javert, vai retirar Marius das barricadas, durante uma revolta, e transporta-o, bastante ferido, através dos esgotos de Paris. Finalmente, Javert acaba por convencer-se de que toda a sua perseguição de décadas não passa de um crime contra "um homem de Deus" e suicida-se. Jean Valjean morre com Marius e Cosette junto a si. "Os Miseráveis é um romance grandioso que nos leva à França do século XIX, com cenários descritos com tal esmero que podemos visualizá-los e imaginar-nos nas ruas de Paris e cidadelas da França. Victor Hugo apresenta-nos um grande homem, não só fisicamente mas também de alma, Jean Valjean, um personagem apaixonante.
Os Miseráveis from Igreja E. C. Campinas on Vimeo.

Poema do mês de abril


TIVESSES TU NASCIDO UMA FLOR

Tivesses tu nascido uma flor
Serias, sim, como as flores do campo.
Tivesses tu nascido uma flor
Os jardins seriam mais belos!

Como uma canção de amor,
pelo ar, a fluir,
a Alegria não teria sorriso tão lindo assim:
o sorriso mais simples
e o mais encantador!

Tivesses tu nascido uma flor
- não é nenhum exagero -
Tivesses tu nascido uma flor
o mundo teria muito mais cores!

Por que tudo em você inspira poesia
e a própria Poesia se inspiraria em você
E a vida inteira seria o mais doce sonho
se tivesses tu nascido uma flor...

Tivesses tu nascido uma flor
Serias tu o próprio Encanto
Serias mais que tudo que há de belo...
Por que, minha querida, tudo em você é incrível!

Tivesses tu nascido uma flor
serias, sim, como as flores do campo:
As mais humildes,
as mais inebriantes,
e as mais belas!
- E serias, ainda, a flor mais linda do mundo!

Augusto Branco

Filme do mês de abril: A luta pela liberdade

O filme A luta pela liberdade (Goodbye Bafana) conta a relação que se estabeleceu entre James Gregory, um guarda prisional racista, e Nelson Mandela, durante o período em que esteve encarcerado.
Gregory era jovem e estava empenhado em manter o apartheid, que, segundo o Governo do seu país, era essencial para proteger os brancos sul-africanos. Tendo, na sua infância, aprendido a língua xhosa, que era o idioma nativo de Mandela, foi destacado pelos serviços secretos do seu Governo para ser guarda na prisão em que se encontrava o grande líder do movimento negro de libertação. A sua função era, assim, mais de espião do que de guarda. Os prisioneiros, incluindo Mandela, falavam abertamente à sua frente, pensando que não eram entendidos, e assim revelavam as suas opiniões, estratégias de luta, esconderijos, etc. Depois, Gregory passava esta informação aos seus superiores, que assim aumentavam a eficácia da luta contra o movimento antiapartheid.
Este trabalho de espionagem permitiu a Gregory conhecer Mandela, o seu espírito bom e fraterno, universal e sem raças. Aos poucos, este guarda prisional, em vez de cumprir a sua função profissional, tornou-se amigo de Mandela, seu cúmplice na luta pela justiça.