quarta-feira, 4 de junho de 2014

Livros do mês de junho



O personagem Siddhartha é filho de um brâmane, que desde cedo recebeu a educação formal desta casta, destacando-se como estudante entre os demais. Tem por amigo fiel Govinda, com quem divide alguns de seus anseios, entre eles uma calada descrença de que o estudo dos Vedas e de outros textos sagrados vão lhe trazer a chamada Iluminação e a paz de espírito.
Com estas inquietações, Siddhartha resolve abandonar a casa do pai para seguir um grupo de ascetas, os samanas. Govinda acompanha-o nesta nova jornada e, juntos, aprendem a controlar os sentidos − ou, nas palavras de Siddhartha, a “pensar, esperar e jejuar”. No entanto, o caminho da ascese e da mendicância também não levam Siddhartha a realizar-se. É quando a sua sede de conhecimento o leva para perto de outro Siddhartha, o Gotama, o Buda, de quem ouve falar como um Ser Perfeito, que ensina a sua doutrina a quem se dispõe a ouvir. O encontro com Buda provoca profundas impressões em Siddhartha, pois é no seu semblante, no seu modo de andar, falar e sorrir que Siddhartha reconhece a expressão inefável daquele que alcançou o Absoluto.



Romancista e poeta alemão, Hermann Hesse nasceu em 1877 na pequena cidade de Calw, na orla da
Floresta Negra e no estado de Wüttenberg. Como os pais depositavam esperanças no facto de Hermann Hesse poder vir a seguir a tradição familiar em teologia, enviaram-no para o seminário protestante de Maulbronn, em 1891, mas acabou por ser expulso. Passando a uma escola secular, o jovem Hermann tornou a revelar inadaptação, pelo que abandonou os seus estudos.
 Hermann Hesse começou depois a trabalhar, primeiro como aprendiz de relojoeiro, como empregado de balcão numa livraria, como mecânico, e depois como livreiro em Tübingen, onde se teria juntado a uma tertúlia literária, "Le Petit Cénacle", que teria, não só grandemente fomentado a voracidade de leitura em Hesse, como também determinado a sua vocação para a escrita. Assim, em 1899, Hermann Hesse publicou os seus primeiros trabalhos, Romantischer Lieder  e Eine Stunde Hinter Mitternacht , volumes de poesia de juventude.
Depois da aparição de Peter Camenzind, em 1904, Hesse tornou-se escritor a tempo inteiro.
 Em 1911, e durante quatro meses, Hermann Hesse visitou a Índia, que o teria desiludido mas, em contrapartida, constituído uma motivação no estudo das religiões orientais. No ano seguinte, o escritor e a sua família assentaram arraiais na Suíça. Nesse período, não só a sua esposa começou a dar sinais de instabilidade mental, como um dos seus filhos adoeceu gravemente.
Durante a Primeira Guerra Mundial, Hesse demonstrou ser desfavorável ao militarismo e ao nacionalismo que se faziam sentir na altura e, da sua residência na Suíça, procurou defender os interesses e a melhoria das condições dos prisioneiros de guerra, o que lhe valeu ser considerado pelos seus compatriotas como traidor.
Finda a guerra, Hesse publicou o seu primeiro grande romance de sucesso, Demian (1919). A obra, de carácter faustiano, refletia o crescente interesse do escritor pela psicanálise de Carl Jung, e foi louvada por Thomas Mann. Assinada nas primeiras edições com o nome do seu narrador, Emil Sinclair, Hesse acabaria por confessar a sua autoria. Deixando a sua família em 1919, Hermann Hesse mudou-se para o Sul da Suíça, para Montagnola, onde se dedicou à escrita de Siddharta (1922), romance largamente influenciado pelas culturas hindu e chinesa e que, recriando a fase inicial da vida de Buda, nos conta a vida de um filho de um Brâmane que se revolta contra os ensinamentos e tradições do seu pai, até poder eventualmente encontrar a iluminação espiritual. A obra, traduzida para a língua inglesa nos anos 50, marcou definitivamente a geração Beat norte-americana.
1919 foi também o ano em que Hesse travou conhecimento com Ruth Wenger, filha da escritora suíça Lisa Wenger e bastante mais nova que o autor. O escritor renunciou à cidadania alemã, em 1923, optando pela suíça. Divorciando-se da sua primeira esposa, Maria Bernoulli, casou com Ruth Wenger, em 1924, tendo o casamento durado apenas alguns meses. Dessa experiência teria resultado uma das suas obras mais importantes, Der Steppenwolf (1927).
Em 1931 voltou a casar, desta feita com Ninon Doldin, de origem judaica. Com apenas catorze anos, havia enviado, em 1909, uma carta a Hermann Hesse, e desde então a correspondência entre ambos não mais cessou. Conhecendo-se acidentalmente em 1926, foram viver juntos para a Casa Bodmer, estando Ninon separada do pintor B. F. Doldin, e a existência de Hesse ter-se-á tornado mais serena.
Durante o regime Nacional-Socialista, os livros de Hermann Hesse continuaram a ser publicados, tendo sido protegidos por uma circular secreta de Joseph Goebbels, em 1937. Quando escreveu para o jornal pró-regime Frankfürter Zeitung, os refugiados judeus em França acusaram-no de apoiar os Nazis. Embora Hesse nunca se tivesse abertamente oposto ao regime Nacional-Socialista, procurou auxiliar os refugiados políticos. Em 1943, foi finalmente publicada a obra Das Glasperlernspiel, na qual Hesse tinha começado a trabalhar em 1931. Tendo enviado o manuscrito, em 1942, para Berlin, foi-lhe recusada a edição e o autor foi colocado na Lista Negra Nacional-Socialista. Não obstante, a obra valer-lhe-ia o prémio Nobel, em 1946.
Após a atribuição do famoso galardão, Hesse não publicou mais nenhuma obra de calibre. Entre 1945 e 1962 escreveria cerca de meia centena de poemas e trinta e dois artigos para os jornais suíços.
A nove de Agosto de 1962, Hermann Hesse veio a falecer, aos oitenta e cinco anos, durante o sono, vítima de uma hemorragia cerebral.



Na época dourada das grandes explorações ao continente africano, o Dr. Samuel Fergusson dispõe-se a fazer a viagem mais arrojada de todas: atravessar a África, de leste a oeste, num balão. Acompanhado pelo jovem Joe Wilson, o seu fiel criado, e pelo seu amigo de longa data Dick Kennedy, um intrépido e bravo caçador escocês, partem da ilha de Zanzibar a bordo do Victoria, um aeróstato especialmente concebido por Fergusson para a ocasião. Aventurando-se por territórios desconhecidos, a coragem dos três amigos é constantemente posta à prova perante os inúmeros perigos com que se vão deparando. Desde nativos aguerridos a animais ferozes nunca antes vistos por olhos europeus, passando por paisagens desoladoras e por outras fabulosas, somos levados numa aventura fantástica como só a prodigiosa mente de Júlio Verne poderia criar.


Júlio Verne nasceu em Nantes,  na França, em 8 de fevereiro de 1828. Fugiu de casa com 11 anos
para ser grumete e depois marinheiro. Localizado e recuperado, retornou ao lar paterno. Num furioso ataque de vergonha pela sua breve e efémera aventura, jurou solenemente não voltar a viajar senão na sua imaginação e através da sua fantasia. Promessa que manteve em mais de oitenta livros.
A sua adolescência transcorreu entre contínuos choques com o pai, para quem os desejos exploratórios e literários de Júlio pareciam totalmente ridículos.
Finalmente, conseguiu mudar-se para Paris onde entrou em contacto com os mais prestigiados literatos da época. Em 1850, concluiu os seus estudos jurídicos e, apesar da insistência do pai para que voltasse a Nantes, resistiu, firme, na decisão de tornar-se um profissional das letras.
Foi por esta época que Verne, influenciado pelas conquistas científicas e técnicas da época, decidiu criar uma literatura adaptada à idade científica, vertendo todos estes conhecimentos em relatos épicos, enaltecendo o génio e a fortaleza do homem na sua luta por dominar e transformar a natureza.
Em 1856, conheceu Honorine de Vyane, com quem casou, em 1857.
Por essa época, era um insatisfeito corretor na Bolsa, e resolveu seguir o conselho de um amigo, o editor P. J. Hetzel, que seria seu editor in eternum, e converteu um relato descritivo da África na obra Cinco semanas em um balão (1863). Obteve êxito imediato. Firmou um contrato de vinte anos com Hetzel, para o qual, por 20.000 francos anuais, teria de escrever duas novelas de novo estilo por ano. O contrato foi renovado por Hetzel e, mais tarde, por seu filho. E assim, por mais de quarenta anos, as Voyages Extraordinaires (as Viagens Extraordinárias, como são chamadas as obras desse período do escritor) apareceram em capítulos mensais na Magasin D'éducation et de Récréation (Revista de Educação e Recreação).
Nada mais justo, também, que o novo estilo literário inaugurado por Júlio Verne, fosse utilizado por uma nova arte que surgia: o cinema. Da Terra à Lua (Georges Mélies, 1902), La Voyage a travers l'impossible (Georges Mélies, 1904), 20.000 lieus sous les mers (Georges Mélies, 1907), Michael Strogoff (J. Searle Dawley, 1910), La Conquête du pôle (Georges Mélies, 1912) foram alguns dos primeiros filmes baseados em suas obras.
A volta ao mundo em 80 dias foi filmado em 1956, com enredo milionário, dirigido por Michael Anderson, música de Victor Young, direção de fotografia de Lionel Lindon.
Júlio Verne morreu em 24 de março de 1905.



A Poppy e a Mel vão de viagem até França onde vão ficar com os pais da Mel num castelo enorme, chamado Chateau Lafayette. É a primeira vez que a Poppy anda de avião e também que dorme num castelo. As meninas estão muito entusiasmadas! Mas, quando chegam, ficam assustadas com alguns acontecimentos estranhos.
Vive esta aventura incrível com a Poppy e a Mel e descobre quem anda a assombrar as suas férias!







É autora da Princesa Poppy, a coleção bestseller, indispensável na biblioteca de qualquer menina princesa. A Princesa Poppy conta atualmente com 25 livros, além dos mais variados sucedâneos, como livros de atividades para crianças de várias idades, livros-prenda, etc. e já vendeu mais de quatro milhões de exemplares em todo o mundo. Ultimamente, a autora começou a escrever também para leitores mais velhos.
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