quarta-feira, 11 de março de 2015

Filme do mês




Numa zona remota a norte do Quénia, a brilhante e fervorosa activista Tessa Quayle (Rachel Weisz) é encontrada brutalmente assassinada. O seu companheiro de viagem, um médico local, desapareceu. Tudo indica tratar-se de um crime passional. Os membros do Alto Comissariado Britânico em Nairobi partem do princípio que o seu colega Justin Quayle (Ralph Fiennes), o marido de Tessa, pacato diplomata sem ambições, deixará o assunto ao cuidado deles. Não podiam estar mais enganados... Assombrado pelo remorso e revoltado pelos rumores sobre as infidelidades da sua mulher, Justin embarca numa perigosa odisseia sem fim para limpar o nome de Tessa; uma odisseia em busca da verdade que revelará uma conspiração a nível global.

Baseado num best-seller de John Le Carré, O Fiel Jardineiro é um poderoso e comovente threller sobre o amor e a busca da verdade; um filme do galardoado realizador Fernando Meirelles (Cidade de Deus).








Poema do mês

Urgentemente


                                                                         
É urgente o amor 
É urgente um barco no mar 

É urgente destruir certas palavras, 
ódio, solidão e crueldade, 
alguns lamentos, muitas espadas. 

É urgente inventar alegria, 
multiplicar os beijos, as searas, 
é urgente descobrir rosas e rios 
e manhãs claras. 

Cai o silêncio nos ombros e a luz 
impura, até doer. 
É urgente o amor, é urgente 
permanecer. 

Eugénio de Andrade



Livros do mês de março







Livro recomendado para os 10º, 11º e 12º anos de escolaridade, destinado a leitura autónoma.Também recomendado para o Ensino Secundário como sugestão de leitura.


"«Um tempo múltiplo. Labiríntico. As histórias das sociedades humanas. Ricardo Reis chega a Lisboa em finais de Dezembro de 1935. Fica até Setembro de 1936. Uma personagem vinda de uma outra ficção, a da heteronímia de Fernando Pessoa. E um movimento inverso, logo a começar: ""Aqui onde o mar se acaba e a terra principia""; o virar ao contrário o verso de Camões: ""Onde a terra acaba e o mar começa"". Em Camões, o movimento é da terra para o mar; no livro de Saramago temos Ricardo Reis a regressar a Portugal por mar. É substituído o movimento épico da partida. Mais uma vez, a história na escrita de Saramago. E as relações entre a vida e a morte. Ricardo Reis chega a Lisboa em finais de Dezembro e Fernando Pessoa morreu a 30 de Novembro. Ricardo Reis visita-o ao cemitério. Um tempo complexo. O fascismo consolida-se em Portugal.» (Diário de Notícias, 9 de Outubro de 1998)"



José Saramago

Autor de mais de 40 títulos, José Saramago nasceu em 1922, na aldeia de Azinhaga. Até 2010, ano da sua morte, a 18 de junho, em Lanzarote, José Saramago construiu uma obra incontornável na literatura portuguesa e universal, com títulos que vão de Memorial do Convento Caim, passando por O Ano da Morte de Ricardo ReisO Evangelho segundo Jesus CristoEnsaio sobre a CegueiraTodos os Nomes ou A Viagem do Elefante, obras traduzidas em todo o mundo. José Saramago recebeu o Prémio Camões em 1995 e o Prémio Nobel da Literatura em 1998.





Lúcio Valério Quíncio é o magistrado de Tarcisis, cidade romana da Lusitânia no século II d. C. Como dirigente máximo, cabe-lhe tomar todas as decisões, enquanto tumultuosos acontecimentos conduzem a pequena cidade ao descontentamento geral. No exterior, notícias de uma invasão bárbara iminente, proveniente do Norte de África, obrigam-no a drásticas medidas, enquanto, no interior das muralhas, uma nova seita, a Congregação do Peixe, põe em causa os valores da romanidade, evocando os ensinamentos de um obscuro crucificado. No plano íntimo, a paixão devastadora por uma mulher, Iunia, perturba-o e confunde-o, mas sem o afastar do cumprimento do dever.


Neste romance em que a ficção se sobrepõe à História, traduzido em nove línguas e galardoado com o Prémio de Romance e Novela da APE, o Prémio Fernando Namora, o Prémio Pégaso de Literatura e o Prémio Literário Giuseppe Acerbi, Mário de Carvalho reconstitui as características culturais, políticas e quotidianas do Império Romano, sem nunca esquecer a «intercessão de certo deus que, nos primórdios, ao que parece, passeava num jardim pela brisa da tarde...»



Mário de Carvalho

Mário de Carvalho nasceu em Lisboa em 1944. O seu primeiro livro, Contos da Sétima Esfera, causou surpresa pelo inesperado da abordagem ficcional e pela peculiar atmosfera, entre o maravilhoso e o fantástico. Desde então, tem praticado diversos géneros literários, percorrendo várias épocas e ambientes, sempre em edições sucessivas. Nas diversas modalidades de Romance, Conto e Teatro, foram atribuídos a Mário de Carvalho os prémios literários portugueses mais prestigiados (designadamente os Grandes Prémios de Romance, Conto e Teatro da APE, o prémio do Pen Clube e o prémio internacional Pégaso). Os seus livros encontram-se traduzidos em várias línguas.