segunda-feira, 12 de junho de 2017

Hora do conto - Apresentação de dois contos pela D. Cininha da Biblioteca Municipal de Seia para as turmas dos 2.º e 3.º anos





Poema do mês de junho

DISSERAM QUE HAVIA SOL

Disseram que havia sol
Que todo o céu descobria
Que nas ramagens pousavam
Os cantos das aves loucas

Disseram que havia risos
Que as rosas se desdobravam
Que no silêncio dos campos
Se davam corpos e bocas

Mais disseram que era tarde
Que a tarde já descaía
Que ao amor não lhe bastavam
Estas nossas vidas poucas

E disseram que ao acento
De tão geral harmonia
Faltava a simples canção
Das nossas gargantas roucas

Ó meu amor estas vozes
São os avisos do tempo 

© JOSé SARAMAGO 
In Provavelmente Alegria, 1987 

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Filme do mês de junho



Livros do mês de junho


Outubro, 1975. Quando o avião levantou voo deixando para trás a baía de Luanda, Carlos Jorge tentou a todo o custo controlar a emoção. Em Angola deixava um pedaço de terra e de vida. Acompanhado pela mulher e filhos, partia rumo ao desconhecido. A uma pátria que não era a sua. Joana não ficou indiferente ao drama dos passageiros que sobrelotavam o voo 233. O mais difícil da sua carreira como hospedeira. No meio de tanta tristeza, Joana não conseguia esquecer o olhar firme e decidido de Carlos Jorge. Não percebia porquê, mas aquele homem perturbava-a profundamente. Despertava-a para a dura realidade da descolonização portuguesa e para um novo sentimento que só viria a ser desvendado vinte anos mais tarde. Foram milhares os portugueses que entre 1974 e 1975 fizeram a maior ponte área de que há memória em Portugal. Em Angola, a luta pelo poder dos movimentos independentistas espalhou o terror e a morte por um país outrora considerado a jóia do império português. Naquela espiral de violência, não havia outra solução senão abandonar tudo: emprego, casa, terras, fábricas e amigos de uma vida.
Júlio Magalhães
Júlio Magalhães é Director de informação da TVI e autor de Os Retornados – Um amor nunca se esquece, em 15ª edição e Um Amor em tempos de guerra, em 10ª edição, dois bestsellers com mais de 75.000 exemplares vendidos. Nasceu no Porto a 7 de Fevereiro de 1963, foi para Angola com 7 meses. Em 1975 regressou a Portugal, para a cidade do Porto. Aos dezasseis anos, iniciou a sua carreira como colaborador de O Comércio do Porto na área do desporto. Dois anos depois integrou os quadros do mesmo jornal. Trabalhou no jornal Europeu, no semanário O Liberal, na Rádio Nova. Estreou-se na RTP em 1990, onde, foi jornalista, repórter e apresentou o programa da manhã e o Jornal da Tarde.




Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o 8º ano de escolaridade, destinado a leitura orientada.

Águas de Verão é uma curta viagem ao passado.
A narradora recorda a sua infância e a vida no seio de uma família muito tradicionalista. 

Um dos romances mais poéticos de Alice Vieira, esta narrativa mostra como as ideias de respeito e de bom comportamento podem inquinar a alegria de viver, se impostas de forma rígida e como simples convenções. 

Apesar disso, os vários irmãos desta família acabam por descobrir o sabor da alegria e o prazer do divertimento na personagem de um saxofonista bem-humorado com quem travam conhecimento num hotel de termas.

Escritora portuguesa de livros infantis e juvenis, nascida em 1943. Neste domínio da literatura, ganhou em 1979 o Prémio do Ano Internacional da Criança, com Rosa, Minha Irmã Rosa. Tem publicado regularmente obras em volume - entre elas, Chocolate à Chuva (1982) e Graças e Desgraças da Corte de El-Rei Tadinho (1984) -, sendo paralelamente redatora do Diário de Notícias e responsável editorial por literatura para a infância e juventude.

Hora do conto - Continuação da atividade de criação de uma história e apresentação da mesma com os 2.º e 4.º anos









 

Os alunos do 1.º ano a trabalhar a leitura com o Kahoot













Apresentação do Hino do "Pepe" e Leitura de dois contos pela D. Cininha da Biblioteca Municipal de Seia para as crianças dos Jardins de Infância de Tourais, Vila Verde e Carvalhal