O
fantástico épico está novamente de parabéns com mais uma estreia literária de
uma autora portuguesa que a Presença propõe ao seu público. Em A Saga das
Pedras Mágicas os heróis, diz-nos Sandra Carvalho, têm uma profunda ligação à
Natureza e aos Elementos, são apaixonados pela Vida e inteiramente determinados
na sua coragem. A ação passa-se num tempo em que os sábios Druidas se recolhiam
nas florestas para perpetuarem o Conhecimento que em eras passadas lhes fora
transmitido pelos Seres Mágicos. O berço da heroína desta história, Catelyn, e
dos seus cinco irmãos varões, situa-se na Grande Ilha, cada vez mais fustigada
pelos ataques dos Viquingues. Os senhores locais formaram uma Aliança para os
repelirem, consolidando essa política através de casamentos combinados entre os
herdeiros das grandes famílias. Depois de uma infância paradisíaca, Catelyn
cresce num mundo cada vez mais violento, assistindo impotente às manipulações
da maldosa Myrna, a protegida do homem com quem o pai de Catelyn destinou
casá-la.
Sandra
Carvalho é uma jovem escritora que tem vindo a afirmar-se como uma criadora
incontornável da high fantasy em língua portuguesa. A sua Saga das Pedras
Mágicas, que a Presença tem vindo a publicar, desperta um interesse crescente e
entusiástico entre os apreciadores do género, que aguardam sempre com enorme
expectativa o volume seguinte. Até ao momento saíram já, em ritmo imparável, A
Última Feiticeira, O Guerreiro Lobo, Lágrimas do Sol e da Lua, O Círculo do
Medo e Os Três Reinos. A Sacerdotisa dos Penhascos é o seu sexto romance, que
vem dar continuação à Saga.
No
coração de Copenhaga, a livraria Libri di Luca é mais do que uma simples loja
de livros velhos e usados. Quando o seu proprietário Luca Campelli morre de
forma inesperada, o seu filho Jon, um proeminente advogado, ver-se-á envolvido
num mistério inquietante.
Jon
não planeia trocar a sua carreira pela livraria, mas, após uma tentativa de
fogo posto à Libri di Luca, descobre que o pai era o líder de
uma
sociedade secreta de leitores e amantes de livros, os Lectores, criada para
preservar uma tradição oculta que remontava à época do esplendor da Biblioteca
de Alexandria. Os Lectores eram pessoas dotadas de um misterioso poder, tão
fantástico quanto perigoso, que lhes permitia seduzir o leitor com histórias
extraordinárias, evocar mundos imaginados, mas também manipulá-lo e levá-lo a
pensar exatamente aquilo que queriam. Quanto mais Jon descobre, mais fica com a
certeza de que a morte do pai nada teve de natural. Haverá uma conspiração no
seio dos Lectores? Após inúmeras questões que escapam à sua compreensão, o
jovem advogado ver-se-á obrigado a investigar as suas raízes para salvar a
própria vida.
Com
a publicação de A Biblioteca das Sombras na sua Dinamarca natal, o jovem
programador informático Mikkel Birkegaard viu-se catapultado para um sucesso
inesperado: em apenas dez dias, o seu romance de estreia alcançou a lista de
livros mais vendidos, tornando-se num bestseller e cativando o interesse mundial.
Com traduções vendidas para mais de vinte países, os direitos cinematográficos
estão já cedidos à mais importante companhia cinematográfica escandinava,
havendo igualmente conversações com produtoras de Hollywood.
Com
poucas palavras, Silverstein fala da relação entre o homem e a natureza, onde
uma árvore oferece tudo a um menino, que a deixa de lado ao crescer ao mesmo
tempo que se torna num homem egoísta. Mas para agradar ao menino que ama, a
generosidade desta árvore não tem fim - ainda que isto signifique a sua própria
destruição. Em primeiro plano, uma lição de consciência ecológica: o homem
pequeno, mesquinho, frente à generosidade e à força da natureza. No entanto, a
dinâmica que vemos entre o menino e a árvore fala também da passagem do tempo e
dos valores que são reavaliados com ela. A árvore ensina, por meio do afeto,
uma relação de troca sincera e desinteressada - essa que o homem parece
desaprender com as exigências da vida adulta. Duas fortes qualidades aliam-se
neste livro.
Shel
Silverstein foi provavelmente o autor americano para crianças mais popular do
século XX.
Artista
verdadeiramente singular e multifacetado, Silverstein foi escritor, poeta,
ilustrador, dramaturgo, letrista (uma das letras mais conhecidas terá sido “A
Boy Named Sue” interpretada por Johnny Cash) e cantor. No entanto, são os seus
livros infantis, que deliciaram milhões de leitores por todo o mundo, que o vão
tornar internacionalmente conhecido como um dos autores mais celebrados e
amados de todos os tempos, muitas vezes comparado a Edward Lear, Dr. Seuss e
A.A. Milne.
Nascido
em Chicago a 25 de Setembro de 1930, Sheldon Allan Silverstein começou desde
cedo a escrever e a desenhar já que, como ele próprio disse:
“Preferia ter sido jogador de basebol ou ter sido um sucesso com as miúdas. Mas
como não conseguia jogar nem dançar dediquei-me à escrita e ao desenho. Tive
sorte em não ter ninguém por quem copiar ou que me impressionasse. Acabei por
desenvolver um estilo próprio.”
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