António
nasceu marcado pelo nome. O mesmo que o vizinho da rua das traseiras, o homem
que se fez doutor em Coimbra e que ia à terra sempre que podia, o tal que
governava o país com pulso de ferro. Mas de pouco ou nada lhe valeu tão grande
nome quando o destino o enviou para Angola, para defender a pátria em nome de
uma guerra distante que não era a sua. Deixou para trás a sua terra, a mãe
inconsolável e Amélia, a mulher que pedira em casamento, num banco de pedra,
junto à igreja e que prometera fazer dele o homem mais feliz de Vimieiro.
Promessa gravada num enxoval imaculado que ficou guardado no armário, à espera
do fim daquela maldita guerra. Quando António regressou de Angola, era um homem
diferente. Marcado no corpo por anos de guerra e de cativeiro e no coração por
um amor impossível que deixara em pleno mato angolano. Regressava para cumprir
a promessa que fizera anos antes à sua noiva Amélia, que o julgara morto, e
que, em sua memória, tinha enterrado um caixão sem corpo.
Nascido
no Porto a 7 de Fevereiro de 1963, foi para Angola com sete meses, tendo vivido
um ano em
Luanda e doze em Sá da Bandeira (Lubango). Em 1975 regressou a
Portugal, mais precisamente, à cidade do Porto.
Aos
dezasseis anos, iniciou a sua carreira como colaborador de O Comércio do Porto na área do desporto. Dois anos mais tarde
integrava os quadros do mesmo jornal. Trabalhou ainda no jornal Europeu, no semanário O Liberal, na Rádio Nova e, em 1990,
estreou-se na RTP onde, para além de jornalista e repórter, apresentou o
programa da manhã e o Jornal da Tarde.
Livro
recomendado para Educação Pré-Escolar, destinado a leitura em voz alta.
Paz é
viajar para sítios diferentes. Paz é manter alguém quentinho. Paz é ter um lar.
Abre este livro e descobre as diferentes formas de paz.
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