Esta
estranha história passa-se no século XVIII e é fruto de um extraordinário
trabalho de reconstituição histórica que consegue captar plenamente os
ambientes da época tal como as mentalidades. O protagonista é um artesão
especializado no ofício de perfumista, e essa arte constitui para ele - nascido
no meio dos nauseabundos odores de um mercado de rua - uma alquímica busca do
Absoluto. O perfume supremo será para ele uma forma de alcançar o Belo e, nessa
demanda nada o detém, nem mesmo os crimes mais hediondos, que fazem dele um ser
monstruoso aos nossos olhos. Jean-Baptiste Grenouille possui, no entanto, uma
incorrupta pureza que exerce um forte fascínio sobre o leitor.
O Perfume, publicado em 1985, de um autor
então quase desconhecido, foi considerado um dos mais importantes romances da
década e nunca mais deixou de ser reeditado desde então, totalizando os 4
milhões de exemplares vendidos, só na Alemanha, e 15 milhões em países
estrangeiros. Foi traduzido em 42 línguas. Este fenómeno transformou-o num dos
mais importantes livros de culto de sempre. Em 2006, O Perfume passa a ser uma longa-metragem inspirada no romance de
Patrick Süskind.
Patrick
Süskind nasceu a 26 de Março de 1949 em Ambach, Starnberger Lake, Baviera. De
1968 a
1974 estudou história medieval e moderna, em Munique e em
Aix-en-Provence. Nos anos 80, trabalhou como guionista para o meio televisivo
ainda antes de escrever O Perfume. O
seu segundo romance A Pomba, mais
tarde adaptado para teatro subiu ao palco do BAC Teatro (Londres) em Maio de
1993. Foi também autor de O Contrabaixo,
a peça de teatro que teve a sua estreia em 1981, em Munique, tornando-se desde
então uma das peças mais representadas na Alemanha, Suíça e Áustria. O seu
conto The Story of Mr Sommer (1992)
atingiu, tal como O Perfume, um
estrondoso sucesso em todo o mundo. Patrick Süskind vive atualmente em Munique.
Depois
da morte da avó, Melinda tem vivido em sombrias casas de acolhimento. Agora
encontrou calor e segurança com a mãe Joana e o André pequeno. Lembra-se de uma
mulher que lhe fazia festas e dizia: «Flor de mel». As explicações, semelhantes
a contos de fadas, para a inexplicável ausência da mãe, dão a Melinda algo a
que se agarrar. Mas o pai volta para levá-la a um encontro com a sua
"nova" mulher, que ao leitor atento parece a própria mãe de Melinda.
Um raro livro, com um equívoco final feliz.
Escritora
portuguesa de livros infantis e juvenis, nascida em 1943. Neste domínio da
literatura,
ganhou em 1979 o Prémio do Ano Internacional da Criança, com Rosa, Minha Irmã Rosa. Tem publicado
regularmente obras em volume - entre elas, Chocolate
à Chuva (1982) e Graças e Desgraças
da Corte de El-Rei Tadinho (1984) -, sendo paralelamente redatora do Diário
de Notícias e responsável editorial por literatura para a infância e juventude.
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