quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Poema do mês de dezembro

Presença de Natal
Oriza Martins

É quase Natal...  
Solitário em meu quarto, 
olho por entre a vidraça embaçada: 
luzes ao longe,  
sons de canções distantes,  
risos, preces, fogos a ribombar na imensidão...  
Desolado, penso naqueles que me estão ausentes.  
Natal frio. Triste, desolador. 
Meu olhar se perde na escuridão da noite estiolada. 
Olho, mas não vejo nada:  
Nada à frente. Nada no futuro... 
Por que estou só? 
Volto o olhar ao passado,  
Relembro os dias de glória, 
De fama, poder, vitória... 
Onde estão vocês, fãs de outrora, 
Amores de verdes anos, 
Amigos de toda hora? 
Falhei, falhastes, falhamos,  
Onde foi que deixamos  
Nossos sonhos, amizades, 
Enganos e desenganos? 
De repente... sons que aumentam, 
Frases que se elevam, 
Risos que me preenchem, 
Euforia, esperança, canções, cheiro de amor... 
Quem chegou? Quem bate? 
Feliz Natal! Sinto que chegaste, 
Chegaste, não, já estavas aqui, 
Apenas eu não te via, 
Que alegria! 
Preenches o meu Natal, 
Com carinho, luz e calor. 
Amigo eterno, amigo de todas as horas, 
Não faltaste nunca, nem faltarias agora, 
Como sempre, estás aqui,  
estás comigo, Senhor! 

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