Há mais de 3 mil anos
Troia era próspera, cuja localização a permitiu dominar o Helesponto (hoje
conhecido como estreito de Dardanelos). Esta era a única rota marítima que ia e
vinha do oriente, o que gerava muitas riquezas para Troia, que se tornou um
troféu de guerra tentador para as nações gregas. Os troianos se lembravam de
quando os gregos, liderados por Esparta, saquearam e queimaram a cidade dos
ancestrais. Em razão disto os troianos haviam preparado fortes defesas, para a
possibilidade de futuros ataques. Guardada por grandes muralhas, a nova Troia
era um abrigo impenetrável para um povo feliz. Na praça do palácio e nas ruas
os cidadãos apreciavam os trabalhos de paz, como se fosse durar para sempre
essa era despreocupada. Neste contexto o futuro de Troia estava sendo pesado
pelo conselho real, pois o príncipe Páris (Jacques Sernas) queria ir até
Esparta, cujo rei era Menelau (Nial MacGinnis), para fazer um acordo de paz.
Apesar de existirem posições contrárias às de Páris, o rei Príamo (Cedric
Hardwicke) concorda que ele viaje, apesar de uma das sacerdotisas, Cassandra
(Janette Scott), que é filha de Príamo, ver nesta viagem o início do fim de
Troia. Quase chegando em Esparta, o navio de Páris é atingido por uma violenta
tempestade e ele cai no mar, indo parar em uma praia. Lá vê uma bela mulher,
que deixa Páris tão fascinado por sua beleza que crê estar diante da deusa
Afrodite, mas ela diz ser uma escrava. Paralelamente os soberanos das nações
gregas estão reunidos, tentando arrumar um motivo para atacar Troia. Agamenon
(Robert Douglas), o rei de Micenas, sugere "agressão defensiva". No
meio deste encontro, onde se busca um motivo ético para atacar Troia, chega
Páris no palácio de Menelau. Ele soube através da "deusa" desta
reunião e quer lhes oferecer a paz troiana. Agamenon e Menelau ficam inquietos,
pois lhes tiraria o argumento para atacar Troia, então Agamenon questiona se
Páris diz ser o que é e fica acertado que, se derrotar numa luta o príncipe
Ájax (Maxwell Reed), que é praticamente imbatível, seus termos de paz serão
ouvidos. Durante a luta aparece a "escrava", que na verdade era
Helena (Rossana Podestà), a esposa de Menelau, que ouviu sua mulher chamar o
desconhecido pelo nome e também mostrou uma indisfarçável alegria quando Páris
venceu a luta. Menelau diz que Páris descansará primeiro e que no outro dia
conversarão. Páris fica então sabendo que a escrava é a rainha de Esparta e,
nesta hora, Helena faz passar que sente antipatia pelos troianos. Isto não
convence Menelau, que mais tarde vai aos aposentos da rainha e afirma que ela
conhecia o troiano. Helena nada diz e este silenciou e a condenou. Quando o rei
se retira dos aposentos de Helena, ela tem certeza que ele planeja fazer algo
contra Príamo, assim chama Andraste (Brigitte Bardot), sua serva particular, e
pede que vá até os aposentos de Páris para avisá-lo do perigo que corre.
Andraste convence aos guardas que foi ali para "entreter" Páris, para
ele não entender que na verdade estava preso. Mas, ao ficar sozinha com Páris,
lhe avisa do perigo que corre. O príncipe é ajudado por um escravo, que mata
alguns soldados que guardavam o "hóspede". Páris chega até a costa,
onde há um navio fenício que foi arranjado pela rainha, mas para a sua surpresa
encontra Helena, que foi se despedir de Páris. Ela estava acompanhada por
Andraste, a quem dá liberdade e ordena que vá embora. Quando Helena e Páris se
despedem, tentando aceitar a situação apesar de estarem totalmente apaixonados,
chega uma patrulha, que obriga ambos a pularem na água e fugirem. Agora os reis
gregos não tinham que arrumar um motivo, pois o pretexto para a guerra tinha
sido dado.
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