segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Poema do mês de dezembro

Dez da manhã. Venho da serra.

Três graus negativos.

Mãos frias, coração quente
Quanta vez isto dizias
Com o teu ar sorridente
Aquentando-me as mãos frias

Agora decerto tenho
Num braseiro, num vulcão
O frio é tanto, é tamanho
Que a pena cai-me da mão

Queria dizer-te o que penso
E o que faço e premedito
Mas posso lá ser extenso
Com este frio, frio maldito

Tu perdoas certamente
Tu não te zangas, pois não?
Mãos frias, coração quente
Lá diz o velho rifão


Augusto Gil

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